DIÁRIO DE VIAGEM 2 | A LUZ TARDIA DE BUCARESTE

Após uma longa noite de descanso, com o corpo ainda a assimilar outra geografia, outro fuso horário, outra pulsação, saímos de casa para almoçar. Como temos uma alimentação vegana, após uma rápida pesquisa, optámos por ir conhecer a cafetaria e restaurante vegano Sublimmme, em pleno centro de Bucareste, perto do nosso apartamento.

Ficámos extremamente satisfeitos com o conjunto da experiência: um espaço harmonioso, com um ambiente aludindo à natureza, um atendimento muito simpático e disponível, a comida saborosa e deliciosa e com uma apresentação irrepreensível. Recomendamos vivamente a visita!




Como entrada, comemos um saboroso creme de cenoura com gengibre e sésamo frito, acompanhado com croutons. Como prato principal, um delicioso hambúrguer de mostarda doce com salada de repolho e molho de churrasco vegano com batatas assadas.

 

Depois do agradável repasto, decidimos explorar a pé a cidade – é esse o nosso principal método de nos adentrarmos em qualquer cidade do mundo, em longas caminhadas com o olhar escancarado para o novo. Nesse dia, a luz da cidade expandia-se através das árvores e das águas, reflectindo-se sobre o rio Dâmbovița, rio que perpassa por toda a capital romena, num manto de vida e movimento.




Para a posterioridade, registámos aquela luz em vídeo e em fotografia. Levámo-la connosco para todos os dias da viagem. Para todos os parques que ainda iríamos visitar. Para todo o verde e vida de uma cidade espraiada e fragmentada. Para a tristeza das noites, pontuadas com a alegria das pessoas.




Nesse dia, visitámos o parque mais central de Bucareste, conhecido como Cișmigiu Gardens ou Jardins Cișmigiu. Simplesmente, adorámos a paz lá sentida, assim como a itinerância das pessoas pelos recantos e encantos dos jardins. Que bom saber que povo romeno valoriza e usufrui do seu património natural. Ficámos surpreendidos por em todos os espaços verdes da cidade depararmo-nos com algumas cenas: gente a caminhar, a comtemplar, a conversar, a praticar exercício físico, a brincar, a explorar as múltiplas formas de ser e estar na natureza.




E, particularmente, as crianças a ser crianças, os animais a ser animais, a gente a ser gente. E esta experiência neste primeiro parque seria apenas uma amostra do que ainda estava reservado na próxima mão cheia de enormes e belos parques disseminados pela capital.



Brevemente, dedicaremos um artigo completo a todos os parques que visitámos. Para nós, de longe, o melhor de Bucareste. O património vivo e pulsante onde os romenos vão para se munir de um novo entendimento para o seu mundo, para o nosso mundo.

A natureza como subconsciente transfigurado em real. Ela sabe mais de nós do que nós dela. Deixemo-nos estar em silêncio. Ela dá as respostas.

Até breve!


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